Na passada sexta-feira 13 de abril de 2012, nós, os alunos do 8ºA (e uns quantos do 8ºB) fomos numa visita de estudo às Minas e ao Centro de Ciência Viva do Lousal. Saímos da escola às 8h30 e chegámos lá às 10h. Primeiro, tivemos uma visita guiada pelo Centro de Ciência Viva, onde fizemos vários jogos e ficámos em 2º lugar num deles. Alguns de nós brincaram também como verdadeiros mineiros, numa brincadeira para crianças.
Depois assistimos a duas experiências: na primeira observamos a presença e a separação das gorduras no leite, utilizando corantes e detergente; colocamos algumas gotas de corante sobre o leite e de seguida molhamos um cotonete com detergente, o qual reagiu com o leite afastando o corante. Na segunda experiência vimos a reação do esferovite na presença de acetona, o qual se desfazia libertando um gás e criando um depósito que pode ser utilizado para construção de objetos.
Antes de irmos almoçar, fomos ao museu das máquinas. Nele observamos máquinas que extraíam a pirite, motores a diesel, martelos pneumáticos, machados e um carro de bombeiros, picaretas, compressores, documentos históricos sobre a mina, manuais com as regras de conduta dos mineiros, o comboio que fazia o transporte dos minérios extraídos da mina e a maior coleção de miniaturas do século XIX. Muito curioso foi a presença de um relógio que registava 15:30h, hora em que o último turno de mineiros subiu no elevador até à superfície, abandonando a galeria e encerrando de vez a atividade mineira no Lousal a 31 de maio de 1988.
Logo a seguir, fomos almoçar e aí vimos quatro cães, que nos tentavam roubar a nossa vida. A maioria das raparigas fugiu de medo! Segundo o Luís Afonso e a Tatiana Lourenço, um deles tinha “cataratas”, pois era cego e desdentado. Quando acabamos de almoçar, tivemos tempo para conhecer pessoas novas, nomeadamente alunos de outras escolas, como do Cacém, que também estavam em visita de estudo. No entanto, pelos vistos não procuravam amizades como “nós”…
Durante a tarde, visitamos a fábrica de trituração, onde as mulheres procediam à separação entre a pirite e a ganga (rocha xistosa associada à pirite e sem interesse económico). Observamos duas lagoas, uma de cor verde e com pH mais ácido e outra de cor avermelhada, esta de menor profundidade, menos ácida que a primeira e sob a qual passava a Falha Miguel.
Nesta região dominam os xistos repletos de pirite, encontramos e recolhemos amostras de caulino e xisto borra de vinho. Entramos também numa das galerias, no entanto não deu para ver grande coisa, já que, por causa da chuva, a terra estava enlameada. Porém, já deu para vermos uma parte da galeria e vivermos 15 minutos tal como verdadeiros mineiros, protegidos com o devido equipamento.
Saímos por volta das 15h, após um dia que nos vamos recordar durante muito tempo. Esperamos que nos próximos anos alunos da nossa idade também possam visitar as minas, pois vale mesmo a pena!
Aprendemos muitas coisas, assim como fortalecemos (ainda mais) os laços de amizade entre nós.
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